Girafinha (2006)
Juva Batella
Ilustrações de Fabiana Salomão
Um menino acredita que as palavras são guardadas na barriga – e sua quantidade estaria ligada à extensão da vida.
Onde você guarda suas palavras? Em alguma obscura região do cérebro cujo nome lhe escapa? Pois Joaquim, um esperto menino de sete anos, passa a acreditar, depois de uma visita a um hotel fazenda, que elas são guardadas na barriga.
Mesclando a sabedoria popular, representada na figura do jardineiro da fazenda, às crenças do povo Dogon, da África Ocidental, que liga as palavras à continuidade, Juva Batella cria um belo livro sobre as palavras e a importância que elas têm em nossa vida.
Tão essenciais como a nossa respiração, nosso fim estaria relacionado ao fim das palavras que estão dentro de nós – em nossa barriga.
Esta é a história que Joaquinzinho Quinzinhozinho, como o menino pomposamente gosta de ser chamado, ouve do jardineiro. Curioso e aberto a conhecer novidades como, na maior parte do tempo, apenas as crianças conseguem ser, o menino é apresentado, através das palavras do velho ao misterioso “homem do chapéu verde”, que pegaria nomes de crianças para aumentar o estoque de sua barriga e, em conseqüência, prolongar seu tempo.
Impressionado, o menino volta da fazenda calado, fazendo-se chamar apenas de Quim. Está disposto a economizar palavras e prolongar a sua ainda curta existência. No entanto, é trocando palavras com o pai que ele aprende que a vida possui um ciclo natural que independe das palavras, e que há uma forma muito mais simples de manter a barriga sempre cheia delas – e ele até já o aprendeu na escola.
As palavras oferecidas pelo autor enchem gostosamente a barriga. E terminamos a leitura-estocagem certos de que precisamos aprender a armazená-las, mas, também, a vencer nossa timidez, nossa hesitação em soltá-las no mundo. É preciso aprender a trocá-las com os outros e a libertá-las – através das nossas colocações em sociedade, das nossas manifestações de amor e afeto, da nossa escrita. Sobretudo, é aprendendo a viver e aceitar os ciclos da vida que fazemos, no fundo, com que todas as palavras que moram em nós não se esgotem, jamais.
Ilustrações de Fabiana Salomão
Um menino acredita que as palavras são guardadas na barriga – e sua quantidade estaria ligada à extensão da vida.
Onde você guarda suas palavras? Em alguma obscura região do cérebro cujo nome lhe escapa? Pois Joaquim, um esperto menino de sete anos, passa a acreditar, depois de uma visita a um hotel fazenda, que elas são guardadas na barriga.
Mesclando a sabedoria popular, representada na figura do jardineiro da fazenda, às crenças do povo Dogon, da África Ocidental, que liga as palavras à continuidade, Juva Batella cria um belo livro sobre as palavras e a importância que elas têm em nossa vida.
Tão essenciais como a nossa respiração, nosso fim estaria relacionado ao fim das palavras que estão dentro de nós – em nossa barriga.
Esta é a história que Joaquinzinho Quinzinhozinho, como o menino pomposamente gosta de ser chamado, ouve do jardineiro. Curioso e aberto a conhecer novidades como, na maior parte do tempo, apenas as crianças conseguem ser, o menino é apresentado, através das palavras do velho ao misterioso “homem do chapéu verde”, que pegaria nomes de crianças para aumentar o estoque de sua barriga e, em conseqüência, prolongar seu tempo.
Impressionado, o menino volta da fazenda calado, fazendo-se chamar apenas de Quim. Está disposto a economizar palavras e prolongar a sua ainda curta existência. No entanto, é trocando palavras com o pai que ele aprende que a vida possui um ciclo natural que independe das palavras, e que há uma forma muito mais simples de manter a barriga sempre cheia delas – e ele até já o aprendeu na escola.
As palavras oferecidas pelo autor enchem gostosamente a barriga. E terminamos a leitura-estocagem certos de que precisamos aprender a armazená-las, mas, também, a vencer nossa timidez, nossa hesitação em soltá-las no mundo. É preciso aprender a trocá-las com os outros e a libertá-las – através das nossas colocações em sociedade, das nossas manifestações de amor e afeto, da nossa escrita. Sobretudo, é aprendendo a viver e aceitar os ciclos da vida que fazemos, no fundo, com que todas as palavras que moram em nós não se esgotem, jamais.
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